quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O abraço

“Quem tem mãe tem tudo, quem não tem mãe não tem nada” dizem os antigos com muita razão. É nos momentos difíceis da vida que se descobre que tipo de mãe é a nossa.
Quando caminhamos no fio da navalha, nada melhor que o abraço de mãe. Mas e  quem não tem esse tipo de mãe? Para esses, o primeiro abraço que lhe dão é “o maior que o mundo tem”!
Por vezes basta procurar uma mãe qualquer e pedir um abraço. Entre lágrimas, carinhos e beijinhos encontramos um amparo que nos dá força e coragem.

E como é bom abraçar… obrigada pelo abraço… obrigada… soube tão bem!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O solstício de Inverno


Esta é a verdadeira passagem de ano. A outra, pela qual se fazem muitos excessos, nada mais é do que a apresentação do Menino ao Templo (e a Sua Circuncisão)! Bem, também não se sabe quando é o Natal, mas isso não interessa nada, porque importante foi abafar festas pagãs. Afinal de contas, todos sabemos disto, pois como é costume dizer-se: O Natal é quando o Homem quiser!
No solstício o Sol atingiu a maior distância angular em relação ao plano que passa pela linha do equador. Foi o dia mais curto do ano. E por isso era muito festejado pelos pagãos. A partir deste dia o intervalo de tempo com Sol aumenta e o da noite diminui. Esta é a grande viragem na vida do Homem sedentário e agricultor. Renasce a esperança. A luz vence as trevas.
E as terras tornam-se férteis.

Este ano o solstício de Inverno foi no dia 21 de Dezembro.
Desejo que o ano que começou traga muita esperança e alegria.

Bom ano.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O pesadelo

O sonho nasce na alma e dá sentido à vida. É bom sonhar. É bom quando o sonho se torna realidade.
Mas por vezes o sonho transforma-se em pesadelo.
E o que nos fazia sorrir faz-nos chorar.
Todo o encantamento desaparece e dá lugar à dor.
Vem o desespero.
O medo.
Desejamos acordar noutra dimensão pensando que nada era verdadeiro.
Mas não. Continua-se dia após dia a carregar uma cruz maior que as nossas forças.
Conformamo-nos. Fazemos o luto. Seguimos em frente com esperança que tudo passe.
Vive-se para o presente. Esquece-se a dor.
E descobre-se que o bom do passado é que já passou. Não existe mais. É apenas uma má recordação que terá o peso que lhe quisermos dar.
E lentamente voltamos a sonhar. Recuperamos forças para o sonho, com esperança que da próxima vez tudo corra bem.
Erguemo-nos de novo.
Vivemos e acreditamos.

Sonhamos … sonhamos!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Leggings

Custa-me estar a caminhar na rua e deparar-me com senhoras meias vestidas. Esqueceram-se da saia ou da túnica em casa? Só pode!
AS LEGGINGS SÃO MEIAS!!!
É por isso que se compram em lojas de meias.
A leggings não são calças!
Tapem o rabo e o dedo de cam… por favor.
É verdade que a vida está difícil… que a crise é grande… mas daí a andar de pseudo-collants na rua…

Hoje ia uma senhora à minha frente, de leggings com camisola pela cintura. O homem que estava ao meu lado riu-se e disse: “as cuecas são azuis”.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Erros

Hoje no metro um miúdo, que aparentava ter 7 ou 8 anos, perguntava à mãe: “Os presos continuam a ter amigos?”

Quando se comete um crime, e a justiça funciona, paga-se por tal.
E como reagem os que conhecem o criminoso? Família, amigos, colegas e vizinhos…? Como reagiria eu se tivesse um conhecido preso? Não sei. Dependeria do tipo de crime.
Há crimes que não sei perdoar. Principalmente se envolverem crianças ou deficientes. Mas há outros que me deixam na dúvida.
Erros cometidos em momentos de desespero? Sim, esses consigo compreender. Não sei se olharia a pessoa da mesma forma. A confiança seria abalada, por certo. Mas voltaria a conviver, pois já tinham cumprido a pena.
E durante a pena? Não sei até que ponto não esconderia a cabeça debaixo da areia… Se fosse alguém muito próximo iria visitar à cadeia… talvez!
No entanto, também há “criminosos” que aceitaria com naturalidade – os presos políticos, por exemplo. Sim, visitaria. Sim, conviveria. Sim, seriam meus amigos.
E se fosse eu a estar na cadeia? Não sei como reagiria. Primeiro com vergonha, por certo. Talvez nem aceitasse visitas, se as houvesse. Conhecendo-me como me conheço, penso que ficaria a penalizar-me em solidão. E depois da pena, tentaria partir para longe da vergonha. Começar do zero, seria primeira opção. Só voltaria se tivesse filhos, ou tentaria levá-los comigo… acho que é mais fácil perdoar os outros do que me perdoar a mim.
Isto dos erros é muito complicado. Estabelecer padrões de comportamento perante tais situações é, para mim, dificílimo.


A mãe respondeu ao miúdo: “Claro, filho. Os presos estão a cumprir pena e esse é o seu castigo. Não têm de perder os amigos. Só se fossem muito maus, mas até esses têm amigos…”

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cor de rosa

Quando vou ao dentista, cabeleireiro e afins na sala de espera deparo-me com a triste realidade das revistas  “cor-de-rosa”.
O mais cómico é que não consigo lê-las. Basta-me ler os títulos das capas e fico logo enjoada. Esta semana, ao que parece, tudo se centrava em redor de um casal que se encontra em separação.  
Ele bate. Ela bebe.
Trancas à porta. Polícia á porta.
Olhei para tamanha tragédia e senti pena dos filhos de tais idiotas. Devia ser considerado crime fazer este tipo de teatro de manipulação da opinião pública sem ter a menor consideração pelas crianças.
Como estarão aqueles coraçõezinhos? Que confusão nas suas mentes…
Não é assunto que me passe ao lado… tenho primos a viver este drama familiar. Ela diz que ele é esquizofrénico… Ele diz que ela é maluca… E a pequena Ritinha olha para uns e outros com o olhar mais triste deste mundo. Menina de dois anos, a quem foi roubada a alegria de crescer  em harmonia.
Parem! Parem! Parem!
Para se divorciarem basta serem civilizados. Sejam humanos. Resolvam os problemas em sede própria. Não interessa quem tem razão. Só interessa o compromisso que assumiram ao trazer um filho ao mundo. Uma criança não é um boneco que se arrasta ao sabor da vontade. Um filho é a mais preciosa alegria da vida. Ou deveria ser!
Com tantos casais a desejarem um filho e a não poderem ter… Deus dá nozes a quem não tem dentes!!!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Cheiro de canela

Ontem estive com uma amiga, que já não via há muito tempo. A sua casa cheirava a canela. Que delicia. Adoro canela, quer em doces quer em salgados.
Há muitos, muitos anos, corríamos rua fora. Riamos em uníssono. Cantávamos e pulávamos.
Depois a vida levou-nos por caminhos diferentes. Locais tão distantes que nos perdemos uma da outra. E agora, ao fim de tanto tempo, reencontrámos-nos.
Derreti-me no abraço.
Lágrimas de saudade, sorrisos de felicidade.
Quanto amor existe na palavra amizade!
Ficámos horas a relembrar o passado saboreando chá de camomila e biscoitos de canela.
Ficámos horas a contar todos os pormenores vividos longe uma da outra. Percursos inimagináveis.


A partir de hoje sempre que me cheirar a canela sei que me vou lembrar deste reencontro. Associação sensorial tão encantadora. Que bom.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Um sonho

O sonho da nossa vida é tão bom enquanto o sonhamos, na maioria das vezes.
A sua realização implica uma dualidade:  uma realização pessoal mas também o acabar da luta.
E como é bom lutar. O desenvolver esquemas mentais de trabalho para alcançar o desejado é muito estimulante para o espírito humano.
Hoje acordei com a sensação que em breve alcançarei um objectivo. Sinto que estou a chegar à meta. Por isso, vou saborear todos os momentos. Quero aproveitar ao máximo.

Só espero não me estar a iludir. 

domingo, 6 de outubro de 2013

Os outros

Ontem fui ao cabeleireiro. Deparei-me com uma cena triste. Daqueles episódios pobres de espírito. Um jovem entrou, cumprimentou os presentes e dirigindo-se ao cabeleireiro disse que pretendia cortar o cabelo a direito. As miudinhas que se encontravam em seu redor começaram a opinar: “não se usa”… “vai-te ficar mal”… “porque não fazes o corte do actor X”…”faz antes tipo surfista”… não pararam...
Resultado, o jovem acabou por dizer que estava inseguro e que voltava noutro dia! Muito bem, pensei. Tanto se meteram que perderam o cliente! Espero que assim seja, apesar de saber que o mais provável é o jovem mudar o corte só porque os outros acham melhor…

 Pergunto-me porque razão as pessoas acham que podem invadir a privacidade dos outros? Se alguém emagrece, “estás mais magro, que dieta estás a fazer”? Se engorda, “então, desleixaste-te”?  E quanto à roupa é uma festa:” oh João essas calças ficam-te mal atrás”… “onde compraste esse vestido tão atrevido, também estou a precisar dum”…
Mas seremos todos infantilóides ao ponto de não percebermos onde terminam as fronteiras da privacidade? Não é por se conhecer uma pessoa que se é íntimo. Para tal, é preciso que a outra nos dê essa abertura, esse espaço. Mesmo que seja família há grandes limitações - a família é algo que nos acontece não somos nós a escolher. Ser parente não é ser íntimo. O respeito conquista-se e a intimidade constrói-se. Nada é garantido só porque respiramos o mesmo ar!
Se emagrecer ou engordar, se a roupa me fica bem ou mal, se o cabelo está curto ou comprido, isso é comigo. Aprendam a respeitar o próximo. O vosso gosto não é o dos outros. E a carneirada da moda, que não tem gosto próprio e por isso faz o que lhe dizem que se usa, arranjem uma vida e deixem a dos outros.
O meu corpo é meu, não é nosso.
E por favor, não digam tudo o que pensam. Os vossos pensamentos não são sabedoria, são apenas pensamentos. Porque razão acham que são peritos do que quer que seja? Ainda por cima, sem vos ser pedido.
E por favor parem com a idiotice do “não faz mal porque toda a gente faz”. Sim, toda a gente tontinha faz. E que tal colocarem-se na pele dos outros para sentirem se toda a gente devia fazer? Ou fazem-no por vingança? Mediocridade!
Bem sei que também há gente que tudo o que faz mostra aos outros. E que espera comentários construtivos. Não sabem viver sem a aprovação da maioria. O aspecto tem de ser apreciado… mas porquê? Porque não se bastam a si mesmo? Como não gostam do que são precisam que lhes digam que podem gostar de si mesmos? Ai, que confusão de viver.
Não é exercício difícil o do bom conviver. Ou deveria dizer, o de bem viver? Eu conheço-me. Olho ao espelho e gosto do que vejo. Construo a minha vida segundo o que considero correcto. Alcanço o que posso alcançar. Analiso o meu ser. Entendo as minhas limitações. Conheço o meu corpo e a minha mente. Logo, dou espaço aos outros, pois também quero que me dêem espaço… Respeito para ser respeitado!
Tal como o espaço físico deve ser respeitado. Para quem não sabe, não nos devemos aproximar de uma pessoa menos de 50 cm se não formos íntimos. Por isso, numa fila de espera de transportes, num balcão de atendimento, na conversa com conhecidos não se colem!  E parem de bater no braço quando estão a conversar com alguém - procurem um psicólogo que vos ajude a controlar o tique!
O problema é que maior parte das pessoas não sabe o que é ser íntimo. Que pena, deve ser muito triste… viver sem saber o que é ter alguém de quem se sentem íntimos para que possam perceber a diferença.
E por vezes podem até ser muito ofensivos. Lembro-me de duas situações extremamente estúpidas. Uma de um senhor que estava a fazer tratamentos de radioterapia, que foi abordado por uma vizinha que o chamou à atenção “porque quem tem cancro não devia ir para a praia apanhar escaldões” – o qual lhe respondeu “a vizinha deve ser parva, estamos em Dezembro! E a pele está queimada devido ao tratamento”; e outra situação de uma miúda que a chorar respondeu à mãe da amiga, que a repreendeu por ter as calças muito puídas: “os meus pais estão desempregados”.

A minha saudosa avó costumava perguntar: “Onde estava esta gente quando O Senhor distribuiu a inteligência?”

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Adoro sumo de limão.

O limão é excelente para estimular o nosso sistema imunitário. Apesar de ser um fruto ácido, é neutralizado pelos sucos gástricos. Uma verdadeira injecção de anti-oxidantes. Deve-se tomar como quebra-jejum. No início custa, mas com o hábito torna-se um ritual bastante simpático. Algo indispensável.

Uma xícara de sumo de limão ás 6 horas (ainda noite cerrada) na varanda com vista para o parque. O silêncio. A magnitude da solidão. Olhar para o horizonte e degustar o sumo. O cheiro inconfundível do limão entranha-se no corpo e na alma. Despertar de sensações…

E então, eis que surge o camião da reciclagem! Barulhento no movimento e barulhento na transferência do vidro. Sim, ás 6h da madrugada vêm buscar o vidro. Nada mais idílico… Eu sentada na varanda a beber sumo de limão ao som de vidro a partir. Na minha mente só se afigurava um pensamento: pobres dos que estavam a dormir!

Mas tudo na vida passa. E o camião da reciclagem também passou. Que bom, pensei eu, bebericando mais um pouco o meu sumo de limão. E eis que surge a carrinha de distribuição do pão. Motor ligado em relantim, bem por baixo da minha varanda. E o homem do café que tarda em chegar…  e o homem do pão pega do telemóvel desatando num chorrilho de calão… deixou o pão num saco á porta do café e foi-se.

Que alívio, pensei eu, engolindo mais um pouco do meu sumo de limão. E eis que surge a vizinha com os seus três filhos adolescentes… estaladas, pontapés e empurrões são constante entre tais irmãos… Não! Não! Levantei-me, entrei dentro de casa. Fechei a porta. Desci o estore. Sentei-me no sofá e apaguei a luz.
Em silêncio. Em paz, terminei o meu sumo de limão. Não há melhor local do que o resguardo da nossa casa. Casulo encantado. Concha maravilhosa. Casa da minha vida. Que bem que me soube o sumo de limão na tranquilidade do meu lar!


Que bom seria se todas as pessoas tivessem uma casa que as fizesse sentir protegidas… que bom que seria… 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Som - Voz

Não gosto de ouvir gravações da minha voz.
Como para a maioria das pessoas, a voz que ouvimos é diferente da voz gravada. E porquê?
O som propaga-se em meio material. Quando falamos, o som produzido propaga-se pelo ar, pelos músculos e ossos da cabeça. O som que ouvimos é resultante desta mistura (mistura de ondas sonoras que se propagaram em meios diferentes, com velocidades de propagação diferentes). Mas o som que gravado é apenas o som propagado pelo ar.

Esta é a principal razão da diferença entre o som que ouvimos e o som gravado.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Bebé?

Hoje às 7:20h. No autocarro a caminho do trabalho, dois senhores conversavam:
- Olá.
- Oi. Que bom encontrar-te. Logo queres ir dar uma volta?
- Está a chover…
- Não faz mal… tenho carro novo!
- Mesmo novo ou em 2ª mão?
- Novo! Ainda cheira a bebé!
 
Nisto arrepiei-me. Como pode um carro cheirar a bebé? Os bebés não cheiram a destilados do petróleo, pois não?
E se, por acaso, lhe colocar um difusor de essências, vai dizer que é colónia de bebé?

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Compota de pimento vermelho

Tudo começou com um desejo de originalidade. Procura desesperada de uma receita para animar as almas que chegaram na tarde de domingo.
Resolvi experimentar a compota de pimento vermelho, que encontrei aqui

Servi pão alentejano, queijo atabafado e compota. A acompanhar limonada.

Uma delícia. Um mote.
O estimulo gustativo conduziu-nos aos caminhos do passado.
O toque picante electrizou as memórias esquecidas, libertando o espírito de inibições:
- Lembras-te quando fui perseguido por um boi na quinta dos meus avós?
- Caíste e partiste um dente…
- Foi mentira… estava enrolado com a filha do vizinho… ouvimos o boi e assustámos-nos… desatámos a correr, tropecei e cai em cima dela…

Toda a tarde rimos. Toda a tarde trocámos instantes do passado. 
Que bom que é ter amigos. Que bom que é ter estes amigos...

Que delícia de compota. Que delícia de vida.

sábado, 28 de setembro de 2013

Chuva

Adormeci ao som da chuva. Tão bom.
Que saudades… adoro o tempo frio.
Domingo passado ocorreu o equinócio de Outono. E a chuva chegou. Ritmo natural tão certeiro.
Tic-Tac,
Tic-Tac,
Chuva e trovoada.
E eis que surge a beleza dos tons quentes. Árvores castanho alaranjadas. Ruas encantadas.
Que felicidade tamanha se desperta em mim.

No entanto, ouvem-se os lamurios das gentes que não apreciam este tempo. Porque ficam molhados. Porque têm frio. Porque faz vento. Que aborrecimento, que aborrecimento.
No Verão, com o calor, queixam-se.
No Inverno, com o frio, queixam-se.
Por vezes penso que gostam de se queixar. Chamar a atenção dos que os rodeiam…

No Verão, com o calor, queixo-me. Porque por muita roupa que tire nunca deixo de ter calor.

No Inverno, com o frio, alegro-me. Posso colocar roupa até me sentir confortável. Posso passear por todo o lado que não encontro ninguém. Adoro ir para o litoral, estacionar o carro perto de uma praia, para ver chover no mar – e como é bom namorar (nem há mirones…).

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O cuco

O cuco é uma ave muito interessante. A fêmea quando se encontra na postura larga o ovo no primeiro ninho que encontra.
Será má mãe? Não. Ela conhece-se. Sabe quais são as suas limitações. E por instinto procura quem possa dar ao seu filhote o que ela não consegue.
E o filhote cuco fica prejudicado? Não. Ele será maior que os restantes e pela força vencê-los-á.  Um a um serão atirados do ninho.
Para nós humanos parece-nos estranho. Não sei porquê!
Na nossa espécie também se abandona, bem de modo diferente… num caixote do lixo… na sanita… num rio…
Na nossa espécie também se matam irmãos, bem de modo diferente… por heranças…  por ciúme…
A nossa moral de frases feitas leva-nos a julgar o que a natureza desenvolveu e aperfeiçoou em milénios.  E a natureza é que sabe!
E a luta pela sobrevivência? É só próprio das outras espécies? Não.
Na nossa espécie também se eliminam os que não são nossos. E o que nos acontece? Aparentemente nada a curto termo. Mas a longo termo, acontecerá o mesmo que na natureza… por exemplo, se as raposas consumirem muitos coelhos vão se reproduzir em grande escala até que a população de coelhos já não seja suficiente para as alimentar. Nesse dia as raposas começam a diminuir. Morrem. E nós? Bem, nós vamos consumindo os recursos do planeta até ao dia em que o planeta já não consiga suportar mais…  nesse dia acabamos. Mas o mundo não acabará. A natureza continuará a atingir novos equilíbrios… com novas espécies.  Com novas maravilhas.

O cuco é, realmente, uma ave muito interessante, mas só o é porque a natureza assim o desenvolveu. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Um início…

Hoje apeteceu-me iniciar um blogue!
Com tanta coisa gira para fazer… mas deu-me para isto…
Quero apenas escrever o que me vier à cabeça numa espécie de diário virtual - desabafos dirigidos a um buraco negro.

A quem me estiver a ler, agradeço a paciência…