segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Leggings

Custa-me estar a caminhar na rua e deparar-me com senhoras meias vestidas. Esqueceram-se da saia ou da túnica em casa? Só pode!
AS LEGGINGS SÃO MEIAS!!!
É por isso que se compram em lojas de meias.
A leggings não são calças!
Tapem o rabo e o dedo de cam… por favor.
É verdade que a vida está difícil… que a crise é grande… mas daí a andar de pseudo-collants na rua…

Hoje ia uma senhora à minha frente, de leggings com camisola pela cintura. O homem que estava ao meu lado riu-se e disse: “as cuecas são azuis”.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Erros

Hoje no metro um miúdo, que aparentava ter 7 ou 8 anos, perguntava à mãe: “Os presos continuam a ter amigos?”

Quando se comete um crime, e a justiça funciona, paga-se por tal.
E como reagem os que conhecem o criminoso? Família, amigos, colegas e vizinhos…? Como reagiria eu se tivesse um conhecido preso? Não sei. Dependeria do tipo de crime.
Há crimes que não sei perdoar. Principalmente se envolverem crianças ou deficientes. Mas há outros que me deixam na dúvida.
Erros cometidos em momentos de desespero? Sim, esses consigo compreender. Não sei se olharia a pessoa da mesma forma. A confiança seria abalada, por certo. Mas voltaria a conviver, pois já tinham cumprido a pena.
E durante a pena? Não sei até que ponto não esconderia a cabeça debaixo da areia… Se fosse alguém muito próximo iria visitar à cadeia… talvez!
No entanto, também há “criminosos” que aceitaria com naturalidade – os presos políticos, por exemplo. Sim, visitaria. Sim, conviveria. Sim, seriam meus amigos.
E se fosse eu a estar na cadeia? Não sei como reagiria. Primeiro com vergonha, por certo. Talvez nem aceitasse visitas, se as houvesse. Conhecendo-me como me conheço, penso que ficaria a penalizar-me em solidão. E depois da pena, tentaria partir para longe da vergonha. Começar do zero, seria primeira opção. Só voltaria se tivesse filhos, ou tentaria levá-los comigo… acho que é mais fácil perdoar os outros do que me perdoar a mim.
Isto dos erros é muito complicado. Estabelecer padrões de comportamento perante tais situações é, para mim, dificílimo.


A mãe respondeu ao miúdo: “Claro, filho. Os presos estão a cumprir pena e esse é o seu castigo. Não têm de perder os amigos. Só se fossem muito maus, mas até esses têm amigos…”