quarta-feira, 21 de maio de 2014

O presente mais lindo.



Sou terrível a embrulhar presentes. Ficam sempre tortos. O papel amachucado… uma vergonha!
Então de há uns anos para cá aprendi a fazer embrulhos de formas loucas: tipo rebuçado, tipo garrafa, tipo bola… tudo a não ter nada a ver com o presente em si. O melhor de tudo é que ficam extremamente engraçados, pois uso papeis muito coloridos e coloco tiras de papel (que faço na máquina de destruir papel) no lugar dos tradicionais laços. Talvez sejam excêntricos os meus embrulhos, mas agradam sempre quer a miúdos quer a graúdos (principalmente se já forem super séniores).
Ontem entreguei  um destes meus presentes ao filho de um colega, que fez três anos. Comprei-lhe um carro de madeira (muito barato, pois estamos em crise…). E o embrulho estava divinal. Embrulhei com papel verde fluorescente, e colei-lhe centenas de tiras em tom azulão. Parecia vindo doutra  galáxia. Resultado: o João não quis rasgar o papel, não se mostrou minimamente interessado no que estava no seu interior. E só dizia: “é o pesente que gosto mais”.
Hoje, o meu colega disse-me que o filho dormiu agarrado ao meu embrulho e que fez questão de o levar para o infantário. Devo dizer que o meu colega se revelou extremamente frustrado, pois gastou mais de 100€ em presentes que não tiveram mais de dois minutos de atenção do pequeno João.

Pois é, posso não saber fazer embrulhos elegantes. Mas o meu lado mais louco faz de mim uma verdadeira artista. Sucesso garantido!

terça-feira, 20 de maio de 2014

O silêncio


Por vezes queremos gritar ao mundo uma novidade, mas o bom senso aconselha o silêncio. E quanto mais tempo passa maior é a vontade… como gostava de falar o que não posso…
Por vezes carregamos dentro do nosso ser a maior alegria do mundo. Mas como o passado nos ensinou que a felicidade e o desgosto andam de mãos dadas, ficamos receosos e calamos-nos.
Hoje, uma amiga contou uma boa nova. A tentação de dizer simplesmente “eu também” foi descomunal. Fechei a boca, serrei os dentes e consegui conter-me. Mas o coração acelerou… posso controlar a boca, mas não o coração.

Por isso, vim aqui (ao meu cantinho virtual) para dizer:
                                                                                  “EU TAMBÉM”!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Ter paz


Por vezes exigimos demasiado da vida. Estamos sempre à espera que cada dia supere o anterior. Como se estivéssemos a percorrer uma escalada, cujo único objectivo é chegar mais alto.

Por vezes esquecemos o quanto é bom que a vida seja simples. Um dia calmo é na realidade um excelente dia. Sem surpresas, sem estímulos, sem conquistas, mas com muito sabor! Podermos chegar à noite com o sentimento de dever cumprido e receber paz como recompensa é um tesouro.

Por vezes só sabemos dar valor ao mel da vida quando encontramos o fel. Só depois de se perder a estabilidade é que se percebe o seu valor. Só quando se está mal é que se percebe o quanto se estava bem.


Nestas últimas semanas aprendi uma grande lição de vida. Enquanto nada acontece é porque tudo está bem. Enquanto tudo está na mesma há esperança de ser um grande dia. E a felicidade acontece!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

72h de desodorizante


Que coisa é esta de um desodorizante durar 72h? Três dia sem banho? É isso? Como se passa três dias sem se lavar o corpo? Que estranho - quer para quem não se lava, quer para quem vende o produto, pois deve achar isso aceitável.
Bem, na realidade não é um desodorizante, mas sim um anti-transpirante! É difícil de encontrar um desodorizante que seja só desodorizante. Tal como muitos não referem a expressão anti-transpirante, mas referem anti-perspirante - que é a mesma coisa, apenas nos confunde e leva-nos a adquirir um produto que não queríamos.
Deve-se evitar os anti-transpirantes, pois irritam, inflamam, congestionam e prejudicam a pele. E a pele é o maior órgão que temos!
Conheço um conjunto de marcas que são só de desodorizantes. E sei onde se vendem. Por isso sou-lhes fiel.
Para quem tem problemas de pele, e outros mais graves, é um verdadeiro caos encontrar um simples desodorizante. Normalmente, encontram-se nas farmácias e para-farmácias... mas são muito mais caros.


terça-feira, 13 de maio de 2014

A aula de estatistica

prof-"A primeira coisa que voces não estão a ver muito bem..."
aluno 1- "Não estou a ver nada!"
prof- "O que não percebe?"
aluno 1- "Nem sei onde começar..."
prof- "Então vamos continuar. Não vale a pena parar e regressar onde não se sabe onde"
aluno 2- "Eu sei onde fiquei sem perceber do que está a falar. Desde o inicio da formação."
prof- "No fim esclareço essa duvida."

Todos os alunos se levantaram e sairam da sala. O último a sair disse ao professor: "Quando acabar chame-nos para nos esclarecer a duvida!"

Quando me contaram esta situação fiquei pasmada. Que coragem de alunos! Até podem ser burros, é verdade... mas temos que os elogiar pela coragem.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Caixa de latão


- Mãe, o que está nesta caixa?
- Velharias da tua avó. Não tive coragem de deitar fora quando morreu. Deixa estar, um dia deste deito no lixo.
Abri a caixa. Que mundo belo… vieram-me as lágrimas aos olhos. Naquela caixa de latão estava toda a história familiar dos meus avós maternos. Era uma caixa de latão que abarcava todo um mundo. Fotografias, cartas, flores secas, conchas, botões e moedas antigas coabitavam em silêncio. Todo um passado fechado e esquecido num canto.
- Olha, vou levar a caixa para a minha casa.
- Porquê tem alguma coisa de valor?
- Fotografias, cartas, flores secas… - fui interrompida.
- Lixo. Para que queres isso?
- A caixa é de latão dá-me jeito para colocar tralhas…- respondi, com mentira...
- Então lava-a e deita o resto fora.

Lixo? Não! Para mim é um tesouro.
Passei o fim de semana a colar as fotografias num álbum. Perto de cada foto deixei as suas cartas e postais. Embelezei algumas das folhas com as flores secas. Cozi os botões na capa em forma de coração. Com as moedas e conchas escrevi o titulo: “livro dos avós maternos”.

A vida dos meus avós passou, nada me resta deles. Tenho apenas as saudades e as recordações.

Guardei o álbum na bela caixa de latão. Estou a fazer outros álbuns sobre a restante família. Planeio guardar tudo nesta caixa. E um dia, espero, oferece-la a um filho como herança de família. Só desejo que esse filho tenha a capacidade de ver nela um tesouro e não um monte de velharias.

Saudades.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Gelado de manga


1 manga cortada em pedaços, congelada
1 iogurte natural
1 colher-chá mel
1 folha hortelã

Triturei tudo. Coloquei numa caixa e levei ao congelador mais 1 hora. Servi em tacinhas.

Sentámo-nos na varanda, a saborear a minha bela sobremesa. Ninguém acreditou que fui eu que fiz tal gelado. Teimaram até ao fim que o tinha comprado. Levantei-me e arrastei-os para a cozinha. Repeti a receita. Ar de espanto geral – “mas para fazer gelados não é preciso uma máquina?”. Respondi “sim, é preciso um congelador…”

Voltámos para a varanda. Comemos tudo. Alguém em tom de provocação: “tu não fizeste isto… é de compra, não é?”. Aí percebi. Meu Deus, que tonta ingénua! Estavam a gozar comigo… e eu a repetir a receita… e eles a comerem… ri tanto que me doeram os músculos da cara e da barriga. Santa ingenuidade. E eu é que tenho fama de ser gulosa…

terça-feira, 6 de maio de 2014

Mais um anjo no céu


Duas meninas de 4 anos brincavam no jardim. E falam da vida…
- “Tens irmãos?”
- “Sim. Somos três menos um…”
- “Como é isso?”
- “Eramos três, mas um foi para o céu.”
- “Fazer o quê?”
- “Agora é anjo. E a minha mãe diz que está no céu a proteger-nos.”



O céu está cheio de anjos. Lindos, bons e que deixam muitas saudades…


segunda-feira, 5 de maio de 2014

A responsabilidade nas minhas mãos

Sermos responsáveis por nós próprios é uma coisa, mas sermos responsáveis por outros é bem mais complicado.
Acordamos, cumprimos as nossas obrigações. Saboreamos os nossos direitos. Assumimos as nossas acções. Vivemos segundo as nossas responsabilidades. É-se cumpridor e tudo termina em nós.
Mas quando a vida de outros depende de nós é muito mais difícil. O mais pequeno e insignificante gesto pode prejudicar outra vida - que não tem como se defender e que depende totalmente de nós. Aí sente-se o real peso da responsabilidade. Vive-se já sem pensar em nós, mas no que fazer pelos outros. Cumprem-se as obrigações mas de coração nas mãos… “Será? Será que está tudo bem??? Tomei a decisão correcta?” Somos simples humanos, mas por vezes carregamos uma responsabilidade do tamanho do mundo.
Não é fácil decidir quando o fazemos pelos outros. Não é fácil decidir e sermos os responsáveis dessa decisão!

Hoje é um desses dias em que tenho o coração nas mãos …