segunda-feira, 30 de junho de 2014

Como é bom receber sorrisos


Quando menos espero as pessoas surpreendem-me. Especialmente quando o seu percurso de vida raramente se traduz em afectuosidade. Mas há sempre um dia em que o sol brilha nas suas vidas dando-lhes a energia necessária para darem de si aos outros. Um simples gesto, um sorriso, um carinho… por vezes é quanto basta para ajudar o próximo.

O meu lema de vida foi-me ensinado por uma tia-avó: “Não me dês nada. Basta-me um sorriso e uma boa palavra!” E nunca a esquecerei. As suas palavras traduziam o seu jeito de viver, sempre com muita amabilidade e educação… sempre com um sorriso lindo.

Este fim de semana aprendi muito sobre a natureza humana. Por vezes aquilo que mais tememos descomplica-se e transforma-se em algo muito agradável. Um grito transforma-se em abraço. E o medo transforma-se em amor.

Cada ser humano é uma caixinha de surpresas… e é muito bom quando as surpresas são boas... muito bom!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O gatinho


Num jantar em família a Leonor de 3 anos olha para o seu prato, para o prato da mãe e para o prato do pai. A apontar para o pai comenta com a mãe: “Este gatinho come muito. Este gatinho é um gatinho comilão!”

Todos rimos, e o pai não conseguiu acabar de comer. Nada melhor que uma criança para fazer dieta…

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os abraços


Sempre gostei de abraçar - as pessoas que me são intimas, pois claro.
Sinto que quando nos abraçamos os nossos corações se tocam e batem com mais alegria.
Hoje contei uma boa notícia a duas amigas. Abraçaram-me... e emocionei-me.

Obrigada. Obrigada pelo abraço. Obrigada por sentirem tanta alegria por mim.

Senti-me amada. E como é bom sermos amados!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Regressei

Após uma semana de férias regressei ao trabalho... e custa tanto! Até dói..
Fui de férias mas o trabalho não parou de chegar.Por tal tinha um monte de tarefas à minha espera. Nem sabia por onde começar.
Sentei-me e olhei à minha volta, como se não soubesse onde estava. Tirei ao acaso uma tarefa. Comecei a executa-la, bem devagarinho.
- Um colega perguntou-me: "como foram as férias?".
- Respondi-lhe de forma melancólica: "ai, foram tão boas, fartei-me de passear. Descansei e diverti-me. Mesmo bom".
- "Óptimo. Vens cheia de energia."
- "Energia? Não! Gastei-a toda nas férias."

Ai! Custa tanto!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O monte



Este fim-de-semana fizeram-me uma surpresa. Abalámos cedo. Fui sem conhecer o meu destino e quando dei por mim estava no meio do Alentejo. Fiquei encantada. Adoro o campo: as cores e os cheiros entranham-se na alma e sinto-me a flutuar por mundo paralelos.
Ficámos numa casa medieval. Onde parecia que o tempo não tinha passado. Uma verdadeira relíquia. O quintal tinha laranjeiras. E que belas laranjas. Senti-me recuar até à minha infância enquanto apanhava fruta. Sujei-me toda mas estava tão feliz.
O expoente máximo foi a subida a um monte (no Alentejo também há montes altos, não é só planície). Que vista maravilhosa. Um verdadeiro oásis imaculado. Para subirmos tivemos de avançar entre arbustos cerrados seguindo o caminho dos javalis. Que mundo encantado. Lá no topo havia uma velha ermida tão linda. Ficámos a admirar a paisagem. Perante tanta beleza senti-me tão pequenina. Assustei-me com tanta imensidão. Não idealizava nada assim. 

Já viajei por muitos países. Já percorri muitos lugares, muitas cidades, muitos campos. Mas nunca tinha tido uma surpresa assim. Fiquei maravilhada com o estado selvagem e puro. 


No regresso o cansaço falou mais alto e adormeci no carro, quando acordei à porta de casa tive pena de ter voltado. Como desejei viver naquele mundo. Como desejei viver aquela vida…