terça-feira, 7 de outubro de 2014

Os primos

A vida leva-nos a percorrer caminhos que nos vão deixando cada vez mais longe daqueles que amamos. Não se trata de falta de interesse. É a penas uma questão de tempo e oportunidade.
Nem nos apercebemos da distância. Parece que foi ontem... mas na realidade passaram muitos anos.

Assim aconteceu com os meus primos: N, G e A - três irmão com quem brincava em criança e por quem tenho muito carinho. Cada um seguiu a sua vida, e a verdade é que há mais de 5 anos que não nos víamos.
Bem, não posso dizer que os tenha visto agora... simplesmente descobrimos-nos no facebook. De repente, sem esperar, N pediu-me amizade e seguiram-se os restantes manos. Até me comovi. Devorei todas as fotos que colocaram.
Que saudades

Pode ser difícil encontrarmos-nos, mas pelo menos já não estamos perdidos. Que bom.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Um jardim



A tapada das Necessidades fica em Lisboa, mas nunca lá tinha ido. E que beleza… valeu a pena o passeio.

Metade está ao abandono, com edifícios em ruina e plantas por tratar. Uma beleza natural, quase selvagem.
A outra metade está extremamente bem estimada, pois encontra-se adjacente ao palácio das Necessidades. Lugar que se adivinha ser protocolar e daí tanto cuidado.

Lagos com patos. Jardim de cactos. Edifícios de grande nobreza. Símbolos do passado.

Pacífico. Um bom destino para passeios em família, onde as crianças podem brincar livremente.

Gostei muito. Fez-me bem passear num novo velho jardim.

terça-feira, 15 de julho de 2014

A espectativa


Viver em sobressalto não é fácil. Não se consegue descansar. O medo acompanha cada passo que se dá. Não é fácil...
Em cada consulta entro em pânico. E se... e se... pura paranóia! Mas é incontrolável.
Só acalmo quando vejo os coraçõezinhos a bater. E então o medo vira euforia.
Hoje é dia de consulta. Faltam 8 horas. Mas já tenho as pernas a tremer.
Dentro de mim há um turbilhão de esperança e derrotismo.

Ai cegonha que andaste perdida, vem devagar, devagarinho, traz com cuidados os meus meninos, por favor.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Como é bom receber sorrisos


Quando menos espero as pessoas surpreendem-me. Especialmente quando o seu percurso de vida raramente se traduz em afectuosidade. Mas há sempre um dia em que o sol brilha nas suas vidas dando-lhes a energia necessária para darem de si aos outros. Um simples gesto, um sorriso, um carinho… por vezes é quanto basta para ajudar o próximo.

O meu lema de vida foi-me ensinado por uma tia-avó: “Não me dês nada. Basta-me um sorriso e uma boa palavra!” E nunca a esquecerei. As suas palavras traduziam o seu jeito de viver, sempre com muita amabilidade e educação… sempre com um sorriso lindo.

Este fim de semana aprendi muito sobre a natureza humana. Por vezes aquilo que mais tememos descomplica-se e transforma-se em algo muito agradável. Um grito transforma-se em abraço. E o medo transforma-se em amor.

Cada ser humano é uma caixinha de surpresas… e é muito bom quando as surpresas são boas... muito bom!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O gatinho


Num jantar em família a Leonor de 3 anos olha para o seu prato, para o prato da mãe e para o prato do pai. A apontar para o pai comenta com a mãe: “Este gatinho come muito. Este gatinho é um gatinho comilão!”

Todos rimos, e o pai não conseguiu acabar de comer. Nada melhor que uma criança para fazer dieta…

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os abraços


Sempre gostei de abraçar - as pessoas que me são intimas, pois claro.
Sinto que quando nos abraçamos os nossos corações se tocam e batem com mais alegria.
Hoje contei uma boa notícia a duas amigas. Abraçaram-me... e emocionei-me.

Obrigada. Obrigada pelo abraço. Obrigada por sentirem tanta alegria por mim.

Senti-me amada. E como é bom sermos amados!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Regressei

Após uma semana de férias regressei ao trabalho... e custa tanto! Até dói..
Fui de férias mas o trabalho não parou de chegar.Por tal tinha um monte de tarefas à minha espera. Nem sabia por onde começar.
Sentei-me e olhei à minha volta, como se não soubesse onde estava. Tirei ao acaso uma tarefa. Comecei a executa-la, bem devagarinho.
- Um colega perguntou-me: "como foram as férias?".
- Respondi-lhe de forma melancólica: "ai, foram tão boas, fartei-me de passear. Descansei e diverti-me. Mesmo bom".
- "Óptimo. Vens cheia de energia."
- "Energia? Não! Gastei-a toda nas férias."

Ai! Custa tanto!