segunda-feira, 2 de junho de 2014

O monte



Este fim-de-semana fizeram-me uma surpresa. Abalámos cedo. Fui sem conhecer o meu destino e quando dei por mim estava no meio do Alentejo. Fiquei encantada. Adoro o campo: as cores e os cheiros entranham-se na alma e sinto-me a flutuar por mundo paralelos.
Ficámos numa casa medieval. Onde parecia que o tempo não tinha passado. Uma verdadeira relíquia. O quintal tinha laranjeiras. E que belas laranjas. Senti-me recuar até à minha infância enquanto apanhava fruta. Sujei-me toda mas estava tão feliz.
O expoente máximo foi a subida a um monte (no Alentejo também há montes altos, não é só planície). Que vista maravilhosa. Um verdadeiro oásis imaculado. Para subirmos tivemos de avançar entre arbustos cerrados seguindo o caminho dos javalis. Que mundo encantado. Lá no topo havia uma velha ermida tão linda. Ficámos a admirar a paisagem. Perante tanta beleza senti-me tão pequenina. Assustei-me com tanta imensidão. Não idealizava nada assim. 

Já viajei por muitos países. Já percorri muitos lugares, muitas cidades, muitos campos. Mas nunca tinha tido uma surpresa assim. Fiquei maravilhada com o estado selvagem e puro. 


No regresso o cansaço falou mais alto e adormeci no carro, quando acordei à porta de casa tive pena de ter voltado. Como desejei viver naquele mundo. Como desejei viver aquela vida…  


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